Rios de Água Viva 02-10-2024

 

Rios de Água Viva

João 7- 37

Introdução:

O mundo todo sabe a importância da água na vida do ser humano; para se ter uma idéia, o corpo humano é constituído de aproximadamente 70% de água. A água é um recurso natural essencial para a existência e sobrevivência de todas as formas de vida: pessoas, animais e plantas. A falta de água no corpo pode causar desidratação, que ocorre quando os líquidos perdidos não são repostos. Caso uma pessoa não consiga atingir a quantidade mínima necessária ela pode sentir alterações de humor, dores de cabeça, cansaço, além de desenvolver problemas renais, entre outros.

A água sempre será uma urgência humana, quando o povo saiu do Egito as murmurações eram recorrentes por causa da sede e Deus sempre supriu a necessidade de água do povo.

(Ex:15:22-27, Ex:17:1-07) entre outros.

A Bíblia fala sobre a água de muitas maneiras diferentes :

símbolo de destruição (Gênesis 6–17)

símbolo de limpeza ( Êxodo 30:18)

símbolo de gratidão e alegria ( Isaias12:3)

símbolo de necessidade espiritual (Salmo 42)

simbolo de transformação vivificadora (Ez:47; 1-9)

simbolo de vida eterna (joão 4:14) etc...

 

Vamos destacar aqui algumas.

 

Transformação vivificadora:

As torrentes de águas: A VISÃO DE EZEQUIEL (Ez:47; 1-9)

A fonte das águas. Para um povo que anteriormente tinha depositado, equivocadamente, confiança no magnífico Templo construído por Salomão [2Cr 7.1-3; Jr 7.14] e, posteriormente, testemunhou a destruição do mesmo, além de estar agora no cativeiro, esta visão de Ezequiel, acerca da restauração do Templo [Ez 40-44] e de águas saindo debaixo da entrada do mesmo [Ez 47.1], deve ter sido surpreendente e renovadora.

Considerando que o Templo possuía forte significado para a vida religiosa do povo de Israel.

Tal associação entre Templo e a fonte das águas lembra o próprio Senhor como a fonte da água viva [Jo 4.10, 14; Ap 21.22; 22.1].

Águas que vivificam. Destaquemos dois textos relevantes; “viverá tudo por onde quer que entrar” [Ez 47.9] e “porque as suas águas saem do santuário” [Ez 47.12]. O homem que conduz o profeta ainda o desperta para que prestasse muita atenção [Ez 47.6]. O foco agora é o efeito vivificador e transformador daquelas águas. “A água é a fonte de vida de todos os seres vivos. A água viva que Deus forneceria tinha poder imensurável para renovar, restaurar e ressuscitar. Esse mar, que estava morto, iria borbulhar com vida em todas as suas margens – desde Engedi até En-glaim. Grande quantidade e variedade de vegetação, perpetuamente produtiva, resultariam desse rio cujas águas saem do santuário [Ez 47.1].

Ação divina de transformação. “E, sendo levadas ao mar, sararão as águas” [Ez 47.8]. Ou seja, as águas salgadas se tornam doces e saudáveis. Este mar, denominado de “mar de Sal”  [Gn 14.3], Salgado [Nm 34.3,12; Js 3.16], entre outros; segundo o Dicionário Enciclopédico da Bíblia, após o século II d.C. passou a ser denominado de Mar Morto. É o ponto mais baixo da face da terra em relação ao nível do mar. “A salinidade torna qualquer vida impossível e os peixes do Jordão que caem ali morrem rapidamente”. Contudo, a visão que Ezequiel tem é: águas que brotam do trono de Deus entrarão no mar Morto e isto resultará em transformação. Como o poder de Deus transformou os ossos sequíssimos em um grande exército [Ez 37], este mesmo poder se manifestará por intermédio de um rio de águas vivificadoras. Trata-se de uma excelente ilustração quanto à ação transformadora da graça de Deus que nos alcançou como um rio: “Vos vivificou, estando vós mortos” [Ef 2.1]; “Estando nós ainda mortos… vivificou-nos” [Ef 2.5].

 

Gratidão e Alegria.

 

A fonte de alegria :

Isaias 12-3 Isaías 12:3 é um versículo que traz consigo uma mensagem de esperança e alegria. Ele fala sobre a possibilidade de se tirar água das fontes da salvação com alegria. Mas qual é a história por trás dessa citação bíblica?

A história começa com Isaías, um profeta que viveu no século VIII a.C. Ele foi um dos profetas mais importantes do Antigo Testamento e suas profecias foram registradas no livro que leva o seu nome. Isaías foi chamado por Deus para anunciar a mensagem de salvação para o povo de Israel, que estava passando por um período de crise e sofrimento.

Em Isaías 12, o profeta fala sobre a salvação que Deus trará para o seu povo. Ele diz que no dia em que Deus agir, o povo de Israel cantará louvores ao Senhor e dirá: "Com alegria vocês tirarão água das fontes da salvação". Essa frase é uma metáfora que representa a alegria e a satisfação que o povo sentirá quando receber a salvação de Deus.

Mas qual é a fonte da salvação mencionada por Isaías? Para entender isso, é preciso voltar um pouco mais na história de Israel. No Antigo Testamento, a água era um elemento muito importante e simbólico. Ela representava a vida e a bênção de Deus. Por isso, as fontes de água eram consideradas lugares sagrados, onde as pessoas podiam se aproximar de Deus e receber a sua bênção.

Assim, quando Isaías fala sobre as fontes da salvação, ele está se referindo à própria presença de Deus. Ele está dizendo que a salvação não é apenas um evento ou uma bênção isolada, mas sim a possibilidade de se aproximar de Deus e desfrutar da sua presença. É por isso que a imagem da água é tão poderosa nesse versículo. Ela representa não apenas a vida e a bênção, mas também a presença de Deus na vida do seu povo.

Ao longo da história, essa citação bíblica tem sido usada por muitos cristãos como uma fonte de inspiração e esperança. Ela nos lembra que a salvação não é apenas uma bênção que recebemos, mas sim a possibilidade de nos aproximarmos de Deus e desfrutarmos da sua presença em nossas vidas. Ela nos lembra que a alegria não é apenas um sentimento passageiro, mas sim uma atitude de gratidão e confiança em Deus.

Em resumo, Isaías 12:3 é um versículo que nos lembra da importância da presença de Deus em nossas vidas. Ele nos convida a tirar água das fontes da salvação com alegria, ou seja, a nos aproximar de Deus com gratidão e confiança. Que essa mensagem possa nos inspirar a buscar cada vez mais a presença de Deus em nossas vidas e a viver com alegria e esperança em meio às dificuldades da vida.

 

Vida Eterna.

 

João 7:37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.

Em toda a festa das Cabanas (Tabernáculos) existem rituais com água, simbolizando celebração e alegria (Is 12:3). No último dia da festa, a tradição mais esperada por todos era o momento em que o sacerdote do templo se dirigia até a fonte de Siloé, e de lá recolhia água em uma bacia de ouro. O sacerdote então voltava para o Templo, seguido por uma multidão que cantava e glorificava a Deus e assim, derramava a água aos pés do altar, simbolizando a oração do povo pelas chuvas. A água também servia para limpar o sangue dos cordeiros imolados como oferta naquele altar. A água e o sangue misturados escorriam do altar, do templo e se juntavam ao Rio Jordão, desembocando no Mar Morto. Esse era o ponto máximo daquele ritual. Uma explosão de alegria tomava aquele povo que, ao som do shofar, rodeava o altar por sete vezes, proclamando em alta voz: “Adonai Hoshia!  Hoshanah!”, que significa “Senhor salva-nos e nos faça prosperar!”. Foi exatamente nesse momento que Jesus falou a célebre frase, uma das mais citadas até os dias de hoje: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba! Quem crer em mim, como diz as escrituras, rios de água viva correrão do seu interior!”.

Jesus usou esse acontecimento como lição prática e oportunidade para fazer um convite público no último dia da festa para as pessoas ou aceitarem como a água viva. Suas palavras lembram [ Isaías 55:1] sede venha beba.

Essas três palavras resumem o convite do Evangelho.

O reconhecimento da necessidade leva a aproximar-se da fonte de provisão, seguindo-se o recebimento do que é necessário. A alma sedenta e necessitada sente desejo ardente de ir ao Salvador e beber, ou seja, receber a salvação oferecida por ele.

Água Viva o rito do derramamento de água também estava associado com a tradição Judaica como prenúncio dos rios escatológicos de água viva encontrados em Ezequiel 47 1:9 e Zacarias 13:1.

O significado do convite de Jesus centra-se no fato de que ele era o cumprimento de tudo o que a festa dos tabernáculos antecipava, ou seja, ele era o provedor de água viva que da vida eterna aos homens.

Em Tabernáculos o Senhor jesus nos dá a chance de sermos totalmente saciados e

transformados em uma fonte que jorra continuamente e Ele tem pressa em nós dar de beber, ele mesmo nos convida a beber da água que não somente nos sacia mas que também nos dá a oportunidade da vida eterna, João 4:13’14 Ele afirma esse compromisso e mais uma vez nós dá a oportunidade de nele sermos uma fonte a jorrar eternamente.

 

Pb Sandro ( 4 IPPF )

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