A Marca do Chamado 07-06-2017

A Marca do Chamado

Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. Gl 6:17

Introdução:

Quando falamos em marcas, estamos falando então de um MEMORIAL, algo que está ali para lembrar-nos de algo.

No casamento, usamos o anel, embora o chamamos de aliança , não o é, mas sim um símbolo, um memorial que esta ali para nos lembrar e para que outros vejam que somos aliançados com alguém.

Quando falamos a respeito da Igreja , temos um MEMORIAL que nos chama a atenção e nos faz lembrar qual a nossa Missão como coletivo. A Cruz nos aponta Cristo e todo o seu trajeto para pagar a nossa dívida, e restaurar nossa aliança com Deus, através do Seu Filho.

Você já teve alguma vez uma dívida paga por alguém voluntariamente? Embora a pessoa não cobre, sentimos endividados com ela, talvez não financeiramente, mas em honra, precisamos fazer  de tudo para retribuir o que ela fez por nós. Embora o Senhor Jesus não nos cobre, temos uma divida com Ele que precisa ser pago, e a maneira que  temos para fazermos isso é o servindo de todo o coração onde e como Ele quiser que façamos.

Temos também o nosso chamado individual, pessoal, que nos marcou no dia em aceitamos o sacrifício de Cristo pelos nossos pecados e dividas, ali foi pago toda a dívida que era contra nós.

No caso acima fala de uma marca que faz o Apostolo Paulo lembrar de Quem ele serve, Quem o chamou e para o que lhe adestrou. Ele sabia exatamente qual era o seu chamado, e o cumpria com excelência, como prioridade em sua vida.

Desde agora, ninguém me inquiete. O apóstolo se consumira a serviço de Cristo e, em essência, pede que no futuro ele seja poupado dos insultos e embaraços de que é alvo por seus oponentes. A justificação para o pedido é: Trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. A figura alude à prática prevalecente de marcar os escravos com ferroem brasa, identificando a quem pertenciam. Paulo freqüentemente se identificava como escravo de Jesus Cristo; era sua ilustração favorita. As feridas e cicatrizes da batalha eram seu distintivo; seu corpo estava indelevelmente gravado com as marcas do Senhor Jesus.(Com.Beacon Vl 9 pg 87)

?Paga pelo Sacrifício de Jesus

Conta-se que dois jovens morávios souberam que numa ilha no leste da Índia havia três mil escravos pertencentes a um ateu britânico. Sem permissão de irem para lá como missionários, eles decidiram vender a si mesmos como escravos e usar o dinheiro para pagarem as passagens para a ilha. No dia da partida, as suas famílias e os seus amigos estavam reunidos no porto, sabendo que, após a sua partida, jamais os veriam novamente. Indagados sobre a razão que os levava a uma decisão tão extrema assim, eles permaneceram calados. No entanto, quando o barco estava se afastando, os dois rapazes gritaram: “Que através das nossas vidas o Cordeiro que foi imolado receba a recompensa pelo Seu sacrifício!” (Fonte: site da Editora Ultimato; texto de Enedina Sacramento)

Quanto vale pra você o que Jesus fez na Cruz? O que você estaria disposto a renunciar para cumprir o chamado dEle em sua vida? O quanto você tem feito para expandir o evangelho por meio da sua vida?

O próprio Cristo nos adverte em Mt 16:25 que se alguém amar a sua vida mais do que a Ele a perderá. Pois Ele mesmo nos amou mais do que a si mesmo.

É triste ver em nossos dias ``cristãos `` vivendo mais para si, seus desejos, suas satisfações do que para cumprir o IDE de Jesus.

Em tempos que temos recebido tanto dEle, temos dado tão pouco a Ele. O testemunho desses jovens é tremendo, quantos outros homens e mulheres tem se desgastados, entregue tudo o que tem e é por amos a Cristo e ao seu Evangelho. Mas sem contrapartida vemos tantos outros apenas buscando mais e mais daquilo que Ele pode dar, ou muitas vezes vivendo um cristianismo morno, o qual não lhes imputa responsabilidade alguma além de irem a um templo, uma ou mais vezes por semana.

Precisamos rever as clausulas desta Aliança, e cumprir na integra as nossas obrigações,  pois Ele foi e tem sido Fiel em sua parte.

?O símbolo pode ser destruído, mas a aliança continuará, e a marca estará ali para nos lembrar disso

Quando citamos sobre o anel de casamento, gostaria de lembrar que ele é apenas uma símbolo , a aliança foi concretizada  no plano Espiritual, embora se viva suas obrigações no plano físico. Não podemos simplesmente rasgar um contrato, ou retirar o anel, isso não vai anular a aliança. As marcas deixadas pelo anel, estarão ali para nos fazer lembrar, um Memorial.

Casais estão se separando achando que esta ali terminado o seu compromisso, e Deus foi claro quando disse que o que Ele une ninguém deve separar. Lembro da mulher Samaritana quando Cristo lhe pede pra chamar o seu marido em Jo 4:16, ali ela é confrontada a respeito de casamento.

Da mesma forma pessoas estão abandonando seu chamado, sua missão, suas responsabilidades na aliança com Cristo achando que esta tudo certo, é melhor assim, está muito difícil....

Quem põe a mão no arado não pode  olhar atrás, na terra já estão às marcas deixadas por eles para lembra-los do chamado, mesmo que eles larguem a ferramenta não poderão  anular a aliança que fizeram com Cristo.

O apostolo Paulo dá uma lição em II Co 11 quando ele fala justamente a respeito dessa aliança que temos com Cristo. Dá-se como exemplo a respeito de tudo que sofreu por amor a Cristo e seu evangelho. Nenhum motivo foi suficiente para lhe fazer desistir, mas contribuíram  para o amadurecimento e fortalecimento de sua fé, confirmando que ele não vivia para si mesmo , mas para cumprir a vontade do seu Senhor, Aquele que o tinha chamado era fiel para cumprir todas as clausulas da aliança.

Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. I Ts 5:24

Conclusão

As marcas que estão em nós falam de uma historia, de uma vida que é resultado de uma aliança. Se elas não estão destacando Cristo em nós pode ser que estamos servindo ao senhor errado e estamos em falha com aquele que realmente deveríamos servir, pois temos uma aliança com Ele , e o próprio Cristo tem as sua marcas desta aliança  em seu Corpo.

`` A Marca imortaliza o Símbolo, e o Símbolo por sua vez eterniza a Aliança``

(Ap. Emerson Casburgo)

Apª Marcilene de Oliveira Casburgo

A história dos Morávios

Os morávios são os habitantes eslavos da moderna Morávia, a parte mais oriental da República Tcheca. Eles falam dialetos morávios da língua tcheca e são nos dias de hoje considerados um ramo dos tchecos. A questão "será que os morávios fazem parte da nação tcheca ou não?" ainda é viva para alguns grupos da Morávia. Alguns morávios declaram etnicidade separada. Contudo, o problema quase não tem dimensão política e para a maioria da população a questão da língua morávia ou de uma nação morávia é puramente folclórica. Uma razão para disputas, pode vir do fato de que, por razões históricas distantes, a expressão em tcheco utilizada para tchecos e boêmios era a mesma: ?ech. Então teoricamente pode não estar claro a que povo a expressão se referia quando utilizada. Poderiam se referir a boêmios, morávios, e às vezes até a silésios quando citado.

O avivamento

Os morávios foram um dos grupos que mais trouxe impacto ao mundo. A vida que eles tinham com Deus mudou o curso de toda a história. O mundo estava experimentando uma frieza religiosa. O pensamento racionalista havia invadido as escolas e as igrejas. Os pregadores haviam tornado as suas mensagens muito dogmáticas e estéreis. Tudo eram debates. Todos queriam apresentar os seus conhecimentos intelectuais. Havia muitos que conheciam coisas acerca de Deus. Mas eram raros os que conheciam a Deus. Por causa disso, por causa desse desconhecimento de Deus, diversas revoluções sangrentas aconteceram no século XVIII. Uma dessas revoluções foi a revolução francesa. Muitas pessoas morreram injustamente na França. Sem dúvida, quando o homem tira os seus olhos de Deus, a carne e o pecado começam a aparecer, trazendo destruição e miséria. E foi nesse tempo de crise, de racionalismo, de frieza espiritual, que Deus levantou os morávios. De fato, Deus, por sua misericórdia, sempre levanta pessoas nos momentos turbulentos da história. Os morávios eram pessoas que estavam escapando da sua terra em consequência de uma terrível guerra, a guerra dos trinta anos.

Todos eles eram protestantes. Todos eles eram evangélicos. Contudo, como nós falamos nos dias de hoje, eles eram de denominações diferentes. Uns eram hussitas, outros calvinistas e ainda outros luteranos. Contudo, todos eles foram para o mesmo lugar. Eles foram morar nas terras de um conde muito rico, chamado Zinzendorf. Nessas terras eles estabeleceram a comunidade de Herrnhut, que significa, "redil do Senhor". Entretanto, no princípio, esses refugiados de guerra tinham muitas rivalidades entre si. Cada qual tentava impor ao outro a sua forma de pensar. Cada um tentava apresentar ao outro os seus conhecimentos intelectuais. E as suas próprias paixões religiosas os estavam destruindo mutuamente.

Mas no dia 5 de agosto de 1727, depois de um período de oração, eles resolveram fazer uma aliança fraternal. Eles decidiram não mais criar debates e confusões. Eles decidiram enfatizar apenas os pontos em que concordassem e não os que divergiam entre si. Sobre esse dia, no diário deles está escrito: "Neste dia, o Conde fez uma aliança com o Senhor. Os irmãos prometeram, um por um, que seriam verdadeiros seguidores do Salvador. Vontade própria, amor próprio, desobediência - eles se despediriam de tudo isso. Procurariam ser pobres de espírito. Ninguém deveria buscar o próprio interesse. Cada um se entregaria para ser ensinado pelo Espírito Santo. Pela operação poderosa da graça de Deus, todos foram não somente convencidos, mas arrastados e dominados." Praticamente, uma semana depois dessa aliança, no domingo, 13 de agosto, mais ou menos ao meio dia, numa reunião onde se celebrava a Ceia do Senhor, mudanças começaram a acontecer. Nessa reunião, o poder e a bênção de Deus vieram de forma poderosa. Tanto o grupo quanto o pastor caíram juntos, no pó, diante de Deus. E tal era a consciência da presença, que ninguém se levantou para ir embora. Todos permaneceram prostrados até a meia noite, tomados em oração e cântico, choro e súplicas. Nessa reunião, o Senhor Jesus lhes apareceu como Cordeiro, levado ao matadouro, traspassado pelas suas transgressões e moído pelas suas iniquidades (Is 53.7,5).

Na presença do Senhor, eles se sentiram muito pecadores e também muito felizes por causa da graça de Deus, que os trouxe à salvação. Suas controvérsias e rixas foram silenciadas; suas paixões e orgulho foram crucificados. Tudo isso aconteceu enquanto fitavam atentamente às agonias do Cordeiro de Deus, crucificado em favor dos homens. A oração os uniu. Assim, no dia 26 de agosto, eles começaram a orar. Eles entenderam que, da mesma maneira como nunca se havia permitido que o fogo sagrado se apagasse no altar (Lv 6.12, 13), eles, que eram o templo do Deus vivo, jamais deveriam deixar que o fogo da oração deixasse de subir a Deus como um incenso santo (1 Co 3.16; 1 Ts 5.17; Ap 8.3,4). Nesse pensamento, 24 irmãos e 24 irmãs iniciaram uma reunião de oração que tivesse a duração de 24 horas por dia. Essa reunião de oração começou no dia 26 de agosto de 1727 e terminou somente depois de 26 de agosto de 1827. Foram mais de 100 anos de oração ininterrupta. Aquelas pessoas se revezaram em oração e oraram por mais de 100 anos! Durante esse tempo, o zelo evangelístico cresceu de tal maneira que em vinte cinco anos eles enviaram mais missionários que todas as igrejas protestantes juntas.

Em todo tempo, os morávios encontraram incentivo no texto de Isaías 53.3-12. Eles faziam do sofrimento do Senhor o impulso e fonte de toda a sua atividade. De fato, dessa profecia eles tiraram o seu "brado de guerra" missionário: "Conquistar para o Cordeiro que foi morto a recompensa dos Seus sofrimentos".

Que o Senhor nos abençoe e nos use para trazer impacto à nossa geração! Amém*

 

*Extraído: Pastor Gustavo Borja Bessa

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